04 – Zeólitas em Rochas Vulcânicas de Tucuruí – Pará

Ano 02 (2015) - Número único Artigos

Paulo Sergio de Sousa Gorayeb & Vania Maria Fernandes Barriga

 

A imagem capturada em microscópio ótico petrográfico mostra uma amígdala (Figura 1) em basalto toleítico proveniente de derrames de lavas do Gráben de Tucuruí, nordeste do Pará, pertencente ao Grupo Tucuruí do Cinturão Araguaia. A idade da formação desta rocha é estimada do final do Neoproterozoico-início do Paleozoico. A imagem retrata uma amígdala com forma esférica com diâmetro de aproximadamente 1,0 mm em que apresenta uma fina zona com cristais de zeólitas na borda externa dispostos perpendicularmente à parede da amígdala. Na porção interna encontram-se cristais de epídoto e clorita e esferas com zeólitas fibroradiais. A matriz basáltica é formada por cristais aciculares de plagioclásio dispostos aleatoriamente e pequenos cristais de clinopiroxênio, com interstícios preenchidos por material vítreo alterado. Essa rocha vulcânica foi formada pelo extravasamento de lavas basálticas, solidificadas por brusco resfriamento, em ambiente subaéreo continental, e as amígdalas representam gases ricos em elementos voláteis que foram aprisionados nesse processo e cristalizaram em relativamente baixa temperatura.

 

Figura 1. Amígdala em basalto toleítico visto sob microscópico ótico.