21 – Orquídeas do Minério de Ferro da Serra Sul

Ano 02 (2015) - Número único Artigos

Clóvis Maurity – pesquisador adjunto A do ITV.

 

A região da Serra dos Carajás possui um enorme potencial de recursos naturais renováveis e não renováveis em escala mundial. Sobre os recursos naturais renováveis, a macro área de Carajás apresenta uma cobertura florestal intacta, de ambiente equatorial e interrompida por clareiras de vegetação rala do tipo savana. Essa vegetação mais conhecida como savana metalófila e/ou vegetação de canga por ter relação com a cobertura lateríticas que capeia os depósitos de minério de ferro de Carajás apresenta uma diversificação botânica que até o momento tem sido estudada e encontrada espécies novas e ou desconhecidas na região. A família das Orchidaceae não fica atrás dessa situação em que os levantamentos botânicos atuais têm revelado. Nos idos da década de 90 foi publicado um livro “Orquideas de Carajás” em que faz referências de 40 espécies encontradas em áreas de floresta, de canga e de transição (Neponuceno et al. 1990). Em particular nas áreas de vegetação de canga são poucas as espécies encontradas cabendo destaque para as espécies terrestres Sobralia liliastrum, Catasetum planiceps, Epidendrum nocturnum e Cyrtopodium sp. A Serra Sul e as demais nas áreas de vegetação de canga são frequentes essas espécies (Figura 1).

 

Figura 1- Imagens das principais ocorrências de orquídeas nas áreas de vegetação de canga onde ocorre o minério de ferro. A-Sobralia liliastrum; B- Cyrtopodium sp.; C-Catasetum planiceps e; D- Epidendrum nocturnum.

 

REFERÊNCIAS

Neponuceno, L. C.; Cevidanes, W. S.; Silveira; E.C.; Silva, J. P.V. 1990 Orquídeas de Carajás. Compania Vale do Rio Doce. Rio de Janeiro. 1990. 36p.