03 – A fascinante experiência de presenciar a fluorescência de minerais

Ano 03 (2016) - Número 01 Artigos

Darilena Monteiro Porfírio, doutoranda do PPGG/IG/UFPA, Eletronorte.

 

Uma das mais curiosas experiências sensitivas que um estudante pode vivenciar é a visitação a uma exposição de minerais fluorescentes. Eles “brilham” (se apresentam em profusão de cores) com uma espetacular variedade de cores, vibrantes num contraste de cores quando compara-se a iluminação normal e a luz ultravioleta (ver as figuras 1A e 1B). A maioria dos minerais não têm uma fluorescência perceptível, apenas cerca de 15% dos minerais têm uma fluorescência visível.

 

Figura 1. A) Coleção de minerais fluorescentes sob luz visível; B) Coleção de minerais fluorescentes sob luz ultravioleta.

 

A coleção da figura 1A e 1B está exposta no Museum Royal Belgian Institute of Natural Science, e conta com os seguintes minerais conforme a legenda numérica: 1- Fluorita (CaF2), 2- Calcita (CaCO3), 3- Anglesita (PbSO4), 4- Ilmenita (FeTiO3), 5- Esfalerita (ZnS), 6- Celestita (SrSO4), 7- Tremolita (Ca2Mg5Si8O22(OH)2), 8- Gipso (CaSO4.2H2O), 9- Escapolita (Na,Ca,K)[Al3(Al,Si)3Si6O24](Cl2,CO3,SO4), 10- Hardystonita

(Ca2ZnSi2O7), 11- Calcita (CaCO3),      12- Calcita (CaCO3), 13- Scheelita, (CaWO4), 14-

Opala (SiO2.nH2O), 15- Hyalita (SiO2.nH2O), 16- Hidrozincita (Zn5(CO3)2(OH)6), 17- Willemita Zn2SiO4 e 18 – Calcita (CaCO3).

 

E, afinal, o que é um mineral fluorescente?

Todos os minerais tem a sua cor ou conjunto de cores, ou seja, são perceptíveis aos nossos olhos. A luz ultravioleta incidentes sobre um dado mineral tem a capacidade de excitar os elétrons das estruturas atômicas dos elementos químicos constituintes do mineral, em intensidades muito variáveis. Estes elétrons excitados são temporariamente promovidos até um sub-nível mais energético da estrutura atômica de um dado elemento. Quando cessa a excitação da energia ultravioleta, esses elétrons decaem ao seu sub-nível original, uma quantidade de energia é liberada na forma de energia na faixa do visível, conhecida como fluorescência.

 

REFERÊNCIAS

www.geology.com/articles/fluorescent-minerals/ acesso em 14/03/2016. BONEWITZ, R. L. Roches et Mineraux du monde. Delachaux et Niestlé, Paris, 2013.